ARTISTAS

BIOGRAFIA

Belo Horizonte, MG, 1955.
Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG.
 

Indicada ao PIPA 2010.

Ao caminhar por diferentes referências, Patricia Leite busca meios de dar vazão às suas memórias e latências afetivas num exercício pictórico bastante particular. É possível encontrar em suas obras recorrentes ecos e ressonâncias de alguns temas e estilos bem marcados na história da arte, como a pintura de paisagem e elementos da pop art. Bacharel em Desenho e Gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, possui obras nas coleções do Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte; na Pinacoteca do Estado de São Paulo; no Centro Cultural Cândido Mendes, no Rio de Janeiro; e na Universidade Federal de Minas Gerais.

REFERÊNCIAS

https://www.premiopipa.com/pag/artistas/patricia-leite/

 

No momento, não possuímos obras deste artista. Caso você possua e tenha vontade de vender, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em comercializa-la!

Paulo Monteiro

BIOGRAFIA

Paulo Bacellar Monteiro (São Paulo, São Paulo, 1961). Escultor, pintor, desenhista, gravador, ilustrador. 

No início da década de 1980, Paulo Monteiro, como outros artistas da Casa 7, realiza obras que apresentam afinidades com a produção dos neo-expressionistas alemães, na dramaticidade e na atmosfera sombria, e também fazem referências à obra do artista canadense Philip Guston (1913 - 1980). Monteiro, nessa época, pinta telas de grandes formatos, com fatura ampla, e tintas que escorrem. Como nota a crítica Aracy Amaral, o artista cria nos quadros profundidades ilusórias de interiores, com grande liberdade formal, unindo elementos de densidades diversas em telas estruturadas por excesso de camadas pictóricas.

Na década de 1990, realiza desenhos nos quais revela a admiração pela produção de Mira Schendel (1919 - 1988). Os traços se espalham pelo papel em percurso aparentemente disperso, escapando a qualquer previsibilidade gráfica. Nota-se um esforço do artista para estabelecer as linhas no papel, que se desenvolvem principalmente em suas margens. Como nota o crítico Alberto Tassinari, Paulo Monteiro dá a impressão de mobilizar mais força do que o necessário para realizar os desenhos. O artista carrega o traço, elevando sua potência a um limiar além do qual o gesto ameaça o suporte. Toda essa concentração de ação é expressa no papel. Monteiro não se deixa guiar por um desenho espontâneo, instintivo, mas reafirma com seu traço a vontade de registrar uma ação por inteiro, com seus acertos e desacertos.

O artista passa também a dedicar-se à escultura, inicialmente com obras de pequenas dimensões, criadas em argila e posteriormente fundidas em chumbo. Nelas, a matéria não é retirada ou acrescentada, mas apenas deslocada por gestos rigorosos. Cria formas irregulares, orgânicas, nas quais explora as rugosidades da superfície. Embora feitas de metais, suas esculturas têm um aspecto flexível e maleável. Algumas obras lembram máscaras ou fragmentos de corpos. Para o historiador da arte Rodrigo Naves, as esculturas revelam certa expansão, como se um núcleo interno presidisse uma dilatação imprevisível. Porém a impressão de movimento contrasta com o peso da própria matéria dessas obras, como se esse material fosse mais um empecilho do que uma condição para sua existência. Para Naves, do movimento do escultor ao manipular a argila surge uma estruturação, que, no entanto, realça a instabilidade do conjunto - a tendência a retornar ao aspecto informe original. Embora mantenham proximidade com obras de Claes Oldenburg (1929), as esculturas de Monteiro rejeitam a leveza e a ironia dos objetos da arte pop.

Para o historiador da arte Nelson Aguilar, o artista faz nas esculturas o elogio do poder construtivo do gesto ao enfrentar a inércia da argila com a menor manipulação possível. Esse duelo entre o vazio e a vontade é expressa em seus desenhos e pinturas, nos quais a vastidão do campo branco do papel e da tela tende a contrabalançar a força do grafite ou da tinta em sua superfície.

REFERÊNCIAS

PAULO Monteiro. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10609/paulo-monteiro>. Acesso em: 26 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

 

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Paulo Pasta

BIOGRAFIA

Paulo Augusto Pasta (Ariranha, São Paulo, 1959). Pintor, desenhista, ilustrador e professor. Gradua-se em artes plásticas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), em 1983. Estuda desenho e gravura em metal com Evandro Carlos Jardim (1935). Faz cursos de litografia e serigrafia com Regina Silveira (1939) e pintura, com Donato Ferrari (1933) e Carmela Gross (1946). Atua como arte-educador na Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre 1983 e 1985. Cria obras abstratas nas quais utiliza uma gama cromática reduzida, explorando variações tonais. Em 1984, realiza sua primeira exposição individual na Galeria D. H. L., em São Paulo. Recebe a Bolsa Emile Eddé de Artes Plásticas, em 1988. Tem relevante atividade docente, lecionando pintura na Faculdade Santa Marcelina (FASM), entre 1987 e 1999, e desenho na Universidade Presbiteriana Mackenzie, entre 1995 e 2002. É professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), onde ingressa em 1998. Ministra ainda cursos livres em várias instituições culturais, como o Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) e o Instituto Tomie Ohtake (ITO). Em 1990, recebe o Prêmio Brasília de Artes Plásticas no Museu de Arte de Brasília (MAB/DF) e, em 1997, o Prêmio Price Waterhouse - Conjunto de Obras, no 25º Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Em 1998, é publicado o livro Paulo Pasta, pela Edusp. É mestre em artes plásticas pela ECA/USP, em 2002. Ilustra, entre outros, os livros Coração Partido - Uma Análise da Poesia Reflexiva de Drummond e Rocambole, ambos de autoria do crítico literário Davi Arrigucci Jr., publicados pela Editora Cosac & Naify, em 2002 e em 2005, respectivamente.

REFERÊNCIAS

PAULO Pasta. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9809/paulo-pasta>. Acesso em: 26 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7   |   Foto:  Leo Martins/Divulgação - vejasp.abril.com.br/blog/arte-ao-redor/paulo-pasta-quarentena/

 

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Petrônio Bax

BIOGRAFIA

Petrônio Pereira Bax (Carmópolis de Minas MG 1927 - Belo Horizonte MG 2009). Pintor, escultor e desenhista. Filho de pai holandês e mãe brasileira, interessa-se por desenho e escultura desde a infância. Inicia-se nas artes como autodidata, por volta de 1940, em Belo Horizonte. Nessa cidade, estuda pintura com Guignard (1896-1962) e escultura com Franz Weissmann (1911-2005), no Instituto de Belas Artes da Escola Guignard, entre 1946 e 1951. Pinta paisagens de Minas Gerais, flores e retratos, porém o mar é o tema mais constante em suas telas, herança das histórias contadas por seu pai sobre a Holanda. Na década de 1970, recebe duas homenagens em Belo Horizonte: a crítica o escolhe como Destaque das Artes do ano de 1972 e a Minas Filmes produz um filme sobre ele, lançado em 1978. Em 1986, é eleito membro efetivo do conselho curador da Escola Guignard. Além de dedicar-se à pintura, escreve poesias. Em 1999, publica o livro Espelho de Alexandra. É membro fundador da Academia de Letras de Divinópolis. Aparece nos principais dicionários e enciclopédias de Artes Plásticas do país, bem como em livros, vídeos e documentários sobre a vida de Guignard. Em Divinópolis, há uma galeria que leva seu nome.

REFERÊNCIAS

PETRÔNIO Bax. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa22602/petronio-bax>. Acesso em: 21 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

Pierre Verger

BIOGRAFIA

Pierre Edouard Léopold Verger (Paris, França 1902 - Salvador, BA, 1996). Fotógrafo, etnólogo, antropólogo, escritor. Aprende a fotografar com Pierre Boucher (1908-2000), em 1932, quando adquire sua primeira Rolleiflex. Percorre diversos países e colabora com jornais e revistas europeus e americanos, como Paris-Soir, em 1934; Daily Mirror, de 1935 a 1936; Life, em 1937; Match, em 1938; Argentina Libre e Mundo Argentino, em 1941 e 1942; e O Cruzeiro, de 1945 até fins dos anos de 1950. Em 1934 funda, com outros, a Alliance Photo, agência fotográfica que administra e divulga o material produzido pelos seus membros. Muda-se para Salvador, em 1946, e se dedica ao estudo da religião e cultura negra da África e do Brasil - tema do qual é um dos mais respeitados especialistas e autor de diversos livros sobre o assunto. Torna-se um iniciado no culto de divinação no Benim, com o insigne título de Fatumbi (renascido na graça de Ifá). A primeira fase de sua obra é representada pela publicação dos livros de fotografia, a partir de 1931, retratando as diversas culturas que conhece em suas viagens. Após 1946, concentra seu estudo na cultura iorubá e passa a fixar suas observações por escrito, passando de fotógrafo a escritor e etnólogo. Em 1966, obtém o título de doutor de terceiro grau da Sorbonne (Paris, França), com tese sobre o tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e Bahia nos séculos XVII ao XIX. Em 1974, integra o corpo docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atua na criação do Museu Afro-Brasileiro, inaugurado em 1982. Desde 1989, a Fundação Pierre Verger conserva seus 62 mil negativos, sua vasta biblioteca, seu arquivo pessoal e se encarrega da difusão de seu legado antropológico e fotográfico.

REFERÊNCIAS

PIERRE Verger. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2536/pierre-verger>. Acesso em: 20 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

 

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