ARTISTAS

Vasco Prado

BIOGRAFIA

Vasco Prado Gomes da Silva (Uruguaiana, Rio Grande do Sul, 1914 - Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1998). Gravador, escultor, tapeceiro, ilustrador, desenhista, professor. Estuda por um breve período na Escola de Belas Artes de Porto Alegre, em 1940. Inicia pesquisas em escultura como autodidata. Em 1941, constrói seu primeiro ateliê e é assistido pelo pintor Oscar Boeira (1883-1943). Estuda em Paris, entre 1947 e 1948, como bolsista do governo francês. É aluno de Fernand Léger (1881-1955) e freqüenta por um curto período o ateliê de gravura da École Nationale Supérieure des Beaux-Arts. Em Paris, entra em contato com o artista mexicano Leopoldo Mendez (1902-1968), dirigente do Taller de Gráfica Popular. Retorna ao Brasil em 1949, e, no ano seguinte, funda o Clube de Gravura de Porto Alegre, com Carlos Scliar (1920-2001). Leciona escultura no Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em 1966. Entre 1968 e 1969, faz estágio como artista convidado, viajando pela Europa. Integra a equipe de direção do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs), entre 1987 e 1991. Possui esculturas e painéis murais instalados em espaços públicos no Brasil e no exterior. Em 1994, é realizada a retrospectiva Vasco Prado, 80 Anos, na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Sua residência em Porto Alegre é transformada em memorial, em 2000, com a finalidade de preservar documentos, objetos pessoais e obras do artista. São publicados livros sobre sua produção, em 1984, pelo Margs, e em 2001, pela editora Animae.

REFERÊNCIAS

VASCO Prado. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa7486/vasco-prado>. Acesso em: 29 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

 

No momento, não possuímos obras deste artista. Caso você possua e tenha vontade de vender, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em comercializa-la!

Véio

BIOGRAFIA

Cícero Alves dos Santos, o Véio, é um artista sergipano que utiliza a madeira para representar o seu olhar inusitado sobre o homem e a vida no sertão nordestino. Nascido no município de Nossa Senhora da Glória em 12 de maio de 1947, o artista recebeu o apelido de Véio, por que desde criança gostava de ficar junto aos mais velhos escutando suas conversas. Hoje, Véio é um nome dos mais destacados na arte popular brasileira, tendo participado de importantes exposições no Brasil e no exterior. Suas obras ainda fazem partem do acervo de muitas galerias dedicadas à arte popular, assim como de muitas coleções particulares.

Véio começou a expressar sua admiração pelo sertão nordestino utilizando a cera de abelha, mas logo que “descobriu” a madeira, deixou a cera de lado e começou a expressar sua visão do sertão através da escultura em madeira: Eu comecei bem criança. Aos 5 anos, já fazia coisinhas com cera de abelha, que parece uma massa de modelar, mas, com o progresso chegando, as abelhas manduri foram embora. Depois tentei o barro. Não achei que era bom, porque tem que levar no fogo e aí deixa de ser barro. Então tentei a madeira. Aqui tem muita. A gente vai pegar nos loteamentos que abrem, nas derrubadas que fazem por aí, conta Véio. O Sítio Soarte, Museu do Sertão, criado por ele ao lado de sua casa, recria a vida do sertanejo e traz para os visitantes, esse universo do sertão nordestino através de obras como, a Casa de Farinha, a Casa de Profissões, a Igreja e o Sítio Caduco. O Soarte se localiza na BR 206, entre os municípios sergipanos de Nossa Senhora da Glória e Feira Nova, na altura do Km 8. Quem passar pelo lugar vai se deparar com um cenário curioso, formado por esculturas em madeira bruta que representam manifestações socioculturais criadas pelo olhar de Véio. São peças grandes, médias, pequenas e minúsculas. São noivas, grávidas, seres imaginários, chapéus de couro, utensílios domésticos, máquinas rústicas, roupas e acessórios que fazem parte da vida do sertanejo. Autodidata, Véio conta que a inspiração para sua obra foi dada por Deus: Quando a inspiração chega, posso criar qualquer coisa que esteja na mente do povo, desde a Marquês de Sapucaí às lendas e realidades do homem sertanejo. Vou em busca do material e deixo a imaginação tomar conta, pois temos muita riqueza a nível de história e cultura, conta o artista. Em suas obras, o artista tenta fazer uma espécie de alusão ao ciclo da vida: Digo que as peças novas trazem o valor da juventude e as velhas, já frágeis, que vão se destruindo pela ação da natureza, trazem a parte final da vida, explica Véio. Assim, suas peças, expostas a sol e chuva, têm vida curta, adoecem, envelhecem e morrem.

Além do seu museu particular, Véio tem peças espalhadas em vários lugares do mundo e do Brasil. No Brasil, suas obras podem ser encontradas no Memorial de Sergipe e no Museu da Gente Sergipana (Aracaju, SE). no Museu do Folclore Edison Carneiro (Rio de Janeiro, RJ), na Galeria Estação (São Paulo, SP), Museu do Homem do Nordeste (Recife, PE), na Galeria Pé-de-boi (Rio de Janeiro, RJ), entre outros. Além de livros de arte, a obra de Véio já foi retratada em cinco documentários. São eles: “Véio - Tradição e Comtemporaneidade”, “Nação Lascada de Véio”, “A Glória do Sertão”, “Véio – O filme”, “O Universo Simbólico de Véio” e a “Cavalhada de Poço Redondo”.

REFERÊNCIAS

Texto e imagem retirados de: http://artepopularbrasil.blogspot.com/2012/11/veio.html

 

Véio. Reprodução fotográfica TV Cultura.

Vicente Kutka

BIOGRAFIA

Vicente Kutka Neto (São Paulo SP 1952 - idem 2006). Pintor e gravador. No início da década de 1970, estuda história na Universidade de São Paulo - USP; desenho e composição com Hedva Megged (1942), e gravura com Branca de Oliveira (1956). Reside no México, onde estuda antropologia, e, em seguida, vive em Londres. Em 1979, retorna ao Brasil, pinta seus primeiros quadros e participa do Salão Nacional de Arte Contemporânea de São José dos Campos, onde recebe prêmio aquisição. Em 1982, realiza sua primeira individual em Veneza, dando início efetivamente a sua carreira artística. Entre 1981 e 1982, realiza projetos visuais para espetáculos de dança no Museu de Arte da Moderna da Bahia - MAM/BA (Salvador BA)e no Sesc Pompéia, em São Paulo. Produz os videoartes Traum Wirklichkeit, exibido no Hara Museum of Contemporary Art, em Tóquio, em 1985, e Trawm und: Pessoas Vivas e Naturezas-Mortas, em 1987, no 5º Festival Brasil do Museu da Imagem e do Som - MIS/SP. Entre 1994 e 1995, ministra workshop no Montessori School of Vienna, em Viena, e, em 1996, no 3º Encontro do Projeto Saúde e Alegria, no Pará. Suas obras, expressionistas abstratas, são o resultado de vivências e viagens, como suas idas ao Japão, que resultam em séries como a Japanese Scenes and Landscapes. Carregadas de gestualidade, muitas de suas pinturas têm indícios de figurações, como linhas que sugerem ideogramas e formas que lembram leques.

REFERÊNCIAS

VICENTE Kutka. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8949/vicente-kutka>. Acesso em: 28 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

Victor Vasarely

BIOGRAFIA

Victor Vasarely , nascido em Hungria, (Pécs, 9 de abril de 1908 — Paris, 15 de março de 1997) foi um pintor e escultor húngaro radicado na França considerado o "pai da OP ART" (abreviatura de Optical Art).

Nasceu em Pécs na Hungria, tendo ido posteriormente estudar arte em Budapeste, onde se familiarizou com o movimento Bauhaus e com os trabalhos de Paul Klee, Wassily Kandinsky e Josef Albers. A influência destes, teve um impacto tal na sua obra, que se poderá afirmar que, nela, tenta resumir os princípios dos pioneiros da Bauhaus, segundo a qual, o movimento não depende, nem da obra de arte em si mesma, nem do tema específico que se pretende ver retratado, mas antes da apreensão do ato de olhar, que por si só é considerado o único criador. Em 1930, foi viver em Paris, onde trabalhou como designer gráfico em várias empresas de publicidade. Depois de um período de expressão figurativa, decidiu optar por uma arte construtivista e geométrica, tendo-se dedicado nos 13 anos seguintes ao aprofundamento de conhecimentos gráficos. O seu fascínio por padrões lineares levou-o a desenhar diversos motivos através da utilização de grelhas lineares bicolores (pretas e brancas) e das deformações ondulantes, onde a sensação de profundidade e a multidimensionalidade dos objectos foram sempre uma preocupação constante. Posteriormente, a introdução da cor nos seus trabalhos vai permitir ainda um maior dinamismo, através do qual pretendeu retractar o universo inatingível das galáxias, a gigante pulsação cósmica e a mutação biológica das células. Os seus trabalhos são então essencialmente geométricos, policromáticos, multidimensionais, totalmente abstractos e intimamente ligados às ciências.

REFERÊNCIAS

https://www.guiadasartes.com.br/victor-vasarely/obras-e-biografia

 

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BIOGRAFIA

Vincenzo Cencin (Veneza, Itália 1925 - São Paulo SP 2010). Pintor e engenheiro. Forma-se engenheiro eletro-mecânico na Itália. Inicia-se na pintura sob a orientação de Francescchini em 1941 na cidade de Tolmezzo. Durante a Segunda Guerra Mundial enfrenta os fascistas e é preso por alemães, ficando um ano e meio em um campo de concentração. Terminada a guerra emigra para o Brasil, fixando residência em São Paulo em 1949. No Brasil, torna-se sócio efetivo da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro. Nos anos 1950, 1960 e 1970, sem abandonar a pintura, trabalha como engenheiro eletrônico numa indústria de eletrodomésticos de São Paulo. Em 1980 aposenta-se para dedicar-se somente à pintura, montando em 1981 a Galeria Velha Europa. Em 1992 realiza-se exposição comemorativa dos 50 anos de sua pintura na Galeria Grossman em São Paulo.

REFERÊNCIAS

VINCENZO Cencin. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8684/vincenzo-cencin>. Acesso em: 22 de Jan. 2021. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

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